Hospital de Penafiel coloca 80 doentes contaminados por bactéria emisolamento

da aajogo: O Hospital de Penafiel colocou em isolamento cerca de 80 doentes contaminados por uma bactéria multirresistente, que estão a ser tratados de “forma eficaz”, segundo aquela unidade de saúde.

da SLOTS: O infecciologista Rogério Ruas, médico naquele hospital do distrito do Porto, explicou nesta quinta-feira aos jornalistas que os doentes estão infetados por uma bactéria conhecida pela sigla EPC, “habitual em ambientes hospitalares”.

“Temos assistido a um aumento de casos desde o início do ano e neste mês tivemos um surto, chegando aos 80 doentes internados colonizados pela bactéria”, afirmou.

Segundo o clínico, dos cerca de 80 casos, “apenas uma pequena porção destes doentes está, de facto, infetada, cerca de 5%”.

A situação foi nesta quinta-feira denunciada pela Ordem dos Enfermeiros, em comunicado, alertando para as dificuldades observadas no hospital devido ao surto, com 20% dos cerca de 450 doentes internados estão contaminados.

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Rogério Ruas assinalou que aquela bactéria existe no hospital “como noutros do país”.

“É normal, há alguns para cá, os hospitais terem um aumento de casos e depois de diminuição. É cíclico e, neste momento, estamos a ter essa situação”.

Anotou, ainda, que se está a usar antibióticos de última linha no tratamento, tratando-se de “um tratamento eficaz”.

“Por essa razão é que queremos controlar a disseminação dessas bactérias, que é o que estamos a tentar fazer neste momento”, acrescentou.

Um dos procedimentos adotados é que os doentes com fatores de risco são rastreados na admissão no hospital e, explicou, “dependendo se são positivos ou não, já são diretamente alocados à enfermaria de isolamento de contacto”.

Questionado sobre as críticas da Ordem dos Enfermeiros, segundo a qual a insuficiência daqueles profissionais, nomeadamente no serviço de urgência, pode ter contribuído para o surto, referiu que no Hospital Padre Américo “a pressão nas urgências é contínua”.

“O que implica esta situação é mais uma mudança na forma como alocamos estes doentes. Essa pressão é antiga e não é de agora. Estamos focados nesta situação. Temos estas medidas que continuam a funcionar e continuaremos atentos a monitorizar a situação nos próximos dias”, anotou.